terça-feira, 9 de agosto de 2011

Os Preciosos - Papel e Metal

Precioso. Papel, metal. Realizadores de façanhas. Por muitos cobiçados. Transformadores. Fazem muitas pessoas felizes e/ou tristes, tanto por tê-los do que por não tê-los. Ah, papel macio, metal brilhante. Podem ficar sujos e opacos, sem que isto lhes tire o valor. Poucos conseguem viver sem eles, mas mesmo não querendo, passam por suas mãos. De uma forma ou de outra, ninguém vai passar sua vida sem ter contato com essa cultura, essa... Como poderia dizer... Fonte que sacia o poder, diriam alguns. Solução dos problemas, diriam outros. Como ser possuidor dessa matéria-prima de riqueza, status? – Estude meu filho – dizem nossos pais. O que você vai ser quando crescer, eles perguntam. – Vou ser... Isso não! Você vai morrer de fome. Ah, papel macio, metal brilhante. Capazes de saciar nossa fome, matar nossa sede. Alguns têm mais, outros têm menos. Mas quanto é preciso para ser feliz? Esta pergunta é difícil de ser respondida, pois depende da necessidade de cada um. Existem aqueles que são insaciáveis. Mas será que eles são tão importantes assim? Ah, papel macio, metal brilhante. Muitas pessoas, amigos, casais, só estão juntos por causa deles. Mas como são capazes de algo tão sublime? Numa mesa de bar, num restaurante, cinema, etc. Lugares onde são exibidos, compartilhados. A falta deles pode não abalar as parcerias, mas isso depende da intensidade como as pessoas estão apegadas com estes “produtos da felicidade”. Ah, papel macio, metal precioso. Com eles, podemos viajar pelo mundo. Comer bem, ir a teatros, cinemas, festas, fazer festas. Sem eles, podemos ficar sozinhos, perder um amor. Como assim, perder um amor? Pois é. Dizem que um amor verdadeiro sobrevive a tudo, mas sem o papel macio e o metal precioso, a futilidade, avareza, ganância do ser humano vem à tona. Surgem como um tsunami, não deixando nada, além de tristeza, ódio, mágoa, rancor. Então, o papel e o metal voltam e constroem tudo de novo. Como se pode ver, eles são capazes de construir e destruir tudo aquilo que criam. São como “deuses” do consumo humano, e a menos que o ser humano saiba coloca-los de lado, transformam-se em um ser fanático, capaz de morrer por ele. Como viver sem eles, eis a questão.